quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NBR 5410 DR - Parte I

Antes de qualquer coisa, um feliz 2012 a todos!

Já faz algum tempo que não posto, mas este ano vou tentar manter uma regularidade. Então, vamos ao que interessa:
Hoje vou falar sobre dispositivo DR...

Tentarei responder as principais dúvidas sobre a proteção diferencial residual(DR) e sua importância...

O que é o DR?

Como disse anteriormente, a sigla DR vem de Diferencial Residual, que pode ser tanto um interruptor, como um disjuntor e servem como proteção da instalação elétrica e dos indivíduos ali presentes. A proteção DR não é a única que uma instalação deve ter, mas é uma importante forma de se evitar choques e fuga de corrente.

Por exemplo: Quantas vezes por semana sua esposa ou filha usa o secador de cabelo ou a chapinha? E quantas vezes elas fazem isso no banheiro? E quantas vezes isso ocorre após o banho ou com o banheiro úmido?... uma verdadeira bomba relógio em casa, que pode estar presente também na lavanderia ou na cozinha, uma questão de análise e outros requisitos.

Mas como ele funciona?

De um modo geral ele possui três bobinas, duas ficam monitorando o fluxo e em situação normal o campo magnético das duas se opõe, se anulando. Mas quando ocorre uma pequena variação no fluxo de um dos lados, um campo magnético se sobressai e atua sobre a terceira bobina o suficiente para abrir um relé polarizado, desarmando o dispositivo. Ele possui ainda um botão (T) para teste do dispositivo que acaba criando um desequilíbrio da corrente e provocando o desarme.

Existe ainda uma forma mecânica de funcionamento desse dispositivo, mas ao invés de um relé, a terceira bobina induz uma quarta bobina próxima a um ímã que, por sua vez, sustenta uma alavanca sujeita também a ação de uma mola com força menor que a exercida pelo ímã em situação normal. Quando ocorre o desequilíbrio e a terceira bobina é induzida, um sinal é enviado a quarta bobina, que por sua vez, gera um campo magnético tal que sature o núcleo reduzindo o campo magnético do ímã, ocorrendo então o desarme do dispositivo pela mola.

Mas qual a diferença entre o disjuntor e o interruptor DR?

O interruptor DR só protege contra correntes residuais e desta forma deve-se ter a garantia de que a corrente do circuito não ultrapasse a sua corrente nominal, ou seja, o DTM(Disjuntor Termomagnético) de entrada do circuito deve possuir corrente nominal inferior ou no máximo igual a do interruptor DR. Caso o DR proteja mais de um circuito, a sua corrente nominal deve ser seguramente superior a soma das correntes desses circuitos.

O disjuntor DR é um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético acoplado a um interruptor diferencial residual, incorporando a proteção diferencial-residual e sobre corrente no mesmo dispositivo, assim ele pode ser usado em qualquer parte de uma distribuição, lembrando que deve-se ter o cuidado com o seu dimensionamento em relação ao consumo do circuito, bitola do cabo e a soma das correntes em vários circuitos. Os modelos de alta sensibilidade (no máximo 30mA) comuns são o Bipolar e o Tetrapolar.

Eu particularmente prefiro usar ele como segunda proteção do circuito, sempre com um DTM antes e individualmente, já que quanto maior a corrente nominal o preço aumenta consideravelmente. Outro ponto positivo do DR é a economia de energia, já que ele serve como monitor para fugas na instalação elétrica.

Para quais circuitos instalar?

A NBR 5410 (Norma da ABNT para instalações elétricas de baixa tensão) exige a instalação de dispositivos DR para tomadas de corrente em todo local interno molhado ou sujeito a lavagens (cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens), tomadas de corrente em área externa ou tomadas de equipamentos que sejam utilizados em área externa e pontos em locais onde existir banheira ou chuveiro.

Este é apenas um resumo de um bom tema, com muito assunto, e por isso resolvi dividi-lo em partes, logo postarei mais sobre DR(instalação e aterramento). Para um estudo mais aprofundado recomendo o terceiro item da bibliografia abaixo.

Fontes:
1 - Livro Instalações Elétricas Em Locais de Habitação – José Rubens Alves de Souza
2 - Manual de Instalações Elétricas Residenciais da PIRELLI – Prof. Hilton Moreno
3 – Instalações Elétricas Prediais – Geraldo Cavalin & Severino Cervelin – 14 Edição


Para um melhor entendimento:




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